Um estudo do Departamento de Agricultura dos EUA revelou que 35 milhões de norte-americanos (12% do total da população) têm sérias dificuldades financeiras para comprar comida. Segundo o estudo, esses americanos vivem com “segurança alimentar muito baixa” e se viram obrigados a “reduzir a quantidade de alimento consumida ou deixar de fazer uma ou mais refeições por dia”. Para amenizar o impacto negativo desse levantamento na opinião pública, seu anúncio só foi feito após as eleições parlamentares nos EUA e a palavra “fome”, que era usada em todos os estudos dos anos anteriores, foi substituída por esse eufemismo de “baixa segurança alimentar”. Para a organização que combate a fome nos EUA, Bread for the World, “a idéia de remover a palavra fome de nossos informes oficiais é um enorme desserviço aos milhões de americanos que lutam diariamente para se alimentar. Não podemos esconder a realidade.”
Aumentou também a desigualdade social nos EUA. O salário mínimo não sobe desde 1996 e a renda dos mais pobres subiu apenas 3% entre 1989 e 2006, enquanto que a dos mais ricos subiu 42% e a dos milionários (1% da população) subiu 75% nesse mesmo período.
Aumentou também a desigualdade social nos EUA. O salário mínimo não sobe desde 1996 e a renda dos mais pobres subiu apenas 3% entre 1989 e 2006, enquanto que a dos mais ricos subiu 42% e a dos milionários (1% da população) subiu 75% nesse mesmo período.
Humberto Lima
A íntegra da pesquisa sobre a fome nos EUA pode ser encontrada no site www.ers.usda.gov/publications/err29
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